O nome “Bica-à-Bach” é um trocadilho lúdico com a expressão francesa brique-à-braque, que remete a objetos diversos reunidos de forma improvisada. No contexto do concerto, sugere a passagem do singular para o plural: do momento individual de cada músico, seja com uma peça escolhida ou uma improvisação, para a obra coletiva do quarteto, em que todos os timbres se entrelaçam e as harmonias se formam.
Concebido para espaços íntimos como cafés, bares, bibliotecas ou galerias, o projeto aproxima o público da música clássica e da música de câmara de forma descontraída e próxima. Cada músico pode escolher interpretar um excerto de Bach, uma peça de outro compositor ou criar uma improvisação para o seu instrumento, revelando o potencial expressivo individual.
Na fase final, os quatro músicos interpretam uma composição de conjunto, cujo objetivo é exclusivamente demonstrar como os instrumentos funcionam em conjunto: como os timbres se combinam, como as vozes se entrelaçam e como a harmonia emerge da interação entre os quatro instrumentos. “Bica-à-Bach” transforma a música em experiência viva, sensível e acessível, revelando ao público a beleza e a dinâmica do trabalho coletivo do quarteto.