Projectos de Bolso

Celeste – Um Concerto, Uma Experiência Transformadora

“Celeste” é mais do que um concerto: é uma experiência sensorial e participativa que coloca o público no centro da memória coletiva e da celebração da liberdade. Inspirado pelo 25 de Abril, o espetáculo convida cada participante a interagir com pequenas frases e textos espalhados pelo espaço escritos por Catarina Miranda ou partilhar histórias próprias e de familiares, tornando-se protagonista da narrativa.
 
O programa musical combina canções ligadas ao imaginário da Revolução — de Zeca Afonso a outros autores da época — com arranjos originais concebidos pelo compositor Rogério Medeiros, que os recria numa perspetiva de modernidade e frescura. A estes juntam-se criações originais do próprio grupo, escritas especificamente para este projeto, que ampliam a mensagem de liberdade e tornam a experiência única.
 
Num formato intimista e inovador, músicos e ouvintes partilham o mesmo espaço — sem palco, sem barreiras — criando proximidade rara: é possível ver as partituras, acompanhar cada gesto dos músicos e sentir a música como experiência viva e direta. Este conceito informal, quase como um “livro de bolso” de música, promove uma relação próxima entre artistas e público, aproximando a cultura da comunidade.
 
“Celeste” é uma proposta cultural com impacto social, pensada para envolver comunidades e parceiros que reconhecem o poder transformador da arte. Ao aproximar a música da vida das pessoas, o projeto cria momentos de reflexão, partilha e celebração, reafirmando a liberdade como património imaterial e essencial.

Bica-à-Bach

O nome “Bica-à-Bach” é um trocadilho lúdico com a expressão francesa brique-à-braque, que remete a objetos diversos reunidos de forma improvisada. No contexto do concerto, sugere a passagem do singular para o plural: do momento individual de cada músico, seja com uma peça escolhida ou uma improvisação, para a obra coletiva do quarteto, em que todos os timbres se entrelaçam e as harmonias se formam.

Concebido para espaços íntimos como cafés, bares, bibliotecas ou galerias, o projeto aproxima o público da música clássica e da música de câmara de forma descontraída e próxima. Cada músico pode escolher interpretar um excerto de Bach, uma peça de outro compositor ou criar uma improvisação para o seu instrumento, revelando o potencial expressivo individual.

Na fase final, os quatro músicos interpretam uma composição de conjunto, cujo objetivo é exclusivamente demonstrar como os instrumentos funcionam em conjunto: como os timbres se combinam, como as vozes se entrelaçam e como a harmonia emerge da interação entre os quatro instrumentos. “Bica-à-Bach” transforma a música em experiência viva, sensível e acessível, revelando ao público a beleza e a dinâmica do trabalho coletivo do quarteto.

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