Com o apoio da Direção-Geral das Artes e da Câmara Municipal do Sal, o Quarteto Achillea desenvolve um projeto artístico e educativo que leva a música ao encontro das comunidades da ilha do Sal.
O projeto inclui recitais, concertos comentados e oficinas criativas para crianças, jovens e professores, promovendo o contacto com a tradição musical portuguesa e cabo-verdiana, bem como com instrumentos menos comuns na região, como a viola d’arco e o violoncelo. Estas atividades contribuem para o desenvolvimento de competências musicais, cognitivas e sociais, reforçando a inclusão e o envolvimento comunitário.
Além das atividades pedagógicas e artísticas, o projeto contempla a doação de instrumentos, acessórios e material didático à Escola de Artes Tututa, fortalecendo o ensino musical e ampliando o acesso à prática artística. Algumas destas doações foram possíveis graças à generosidade dos músicos Denys Stetsenko e Martim Barbosa, que levaram instrumentos para a ilha do Sal.
Graças a este gesto e à mobilização de outros parceiros, já foi reunido um conjunto significativo de instrumentos e recursos. Ainda assim, novos contributos serão fundamentais para que mais crianças e jovens tenham acesso a instrumentos de qualidade e a oportunidades de aprendizagem únicas. Cada doação amplia o alcance deste projeto e assegura que o legado musical da ilha continue a crescer e a inspirar futuras gerações.
O Quarteto Achillea propõe assim uma experiência cultural transformadora, que combina tradição e inovação, contribuindo para o desenvolvimento educativo, social e cultural da região.
Chegamos ao Sal com uma pequena parte do material que conseguimos arrecadar, graças à generosa ajuda do querido @denys.stetsenko que não se esqueceu de nós nesta sua viagem!
Obrigado, Denys!
Aos poucos, vamos começando a encher a Escola de Artes Tututa (aqui muito bem representada pelo Prof. Luís – no meio da foto) com os instrumentos, livros, acessórios e outros materiais que tão gentilmente nos foram oferecidos, por tanta gente que se sensibilizou com o nosso apelo. Estamos gratos a todos os que contribuiram!
Estamos também muito gratos à CMSAL, aqui representada pelo Director da Cultura Fábio Silva, por todo o apoio que tem dado ao nosso projecto.
Juntos caminhamos mais longe!
Ainda estamos, para quem assim o entender, a angariar doações para enviar para o Sal.
Contactem-nos pelas redes sociais ou email.
OBRIGADO A TODOS!
Na Ilha do Sal, onde o vento dança com o Atlântico e as dunas sussurram segredos à beira-mar, onde o sol pinta a pele e os sorrisos são tão vastos como o horizonte, onde os rostos são talhados pelo sal e pela coragem e os passos ecoam nos caminhos de pedra e de história duas almas de mulheres sonhadoras encontraram-se com os ouvidos atentos aos murmúrios dos tempos.
Elas viram para lá do azul do céu, viram as notas soltas, vagas, um silêncio que pedia música e uma escola à espera de renascer – A Escola de Artes da Tututa.
Perceberam as lacunas, as margens vazias de partituras e sentiram o vislumbre da promessa de um futuro mais sonoro.
Procuraram instrumentos, livros e ferramentas. E das margens da Ilha até às encostas de Portugal, foram estendidas pontes de harmonia e de mãos que se encontram.
Partilharam saberes, dividiram esperanças e nos sons do Atlântico, a música ecoou. Porque sabem que a música é a língua sem fronteiras, que viaja em ondas e que une corações distantes. Que cada melodia que se toca é um laço que se estreita. Pois, sabem que os povos, tal como as marés se fortalecem na troca e que cada mão estendida é uma semente que germina. E que a solidariedade será, sempre, a força.
Agora, chegaram os primeiros sons, os primeiros acordes e a cada instrumento entregue, uma promessa é renovada; a cada livro de estudo – um futuro mais afinado.
Agora, o oceano canta em conjunto, em harmonia, com vozes que se erguem.
Mas sabem que cada acorde é só o começo e que esta sinfonia precisa de muitos corações para florescer. Que a música é estrada longa, onde cada passo importa e juntos, podemos afinar os sonhos de alguém para além do horizonte.
Porque quando nos movemos com o coração até as marés se dobram para ouvir a mesma canção. E a música, livre e viva, traça pontes eternas!